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Estou a pensar comprar um CD (sou antigo, eu sei) com a marcha fúnebre para acompanhar as minhas viagens de carro, tal é a quantidade de mosquitos falecidos que tenho sempre no tejadilho. Dou voltas à cabeça e não consigo encontrar razão para tamanha mortandade, que não tem paralelo nos tejadilhos vizinhos. Há um ou outro cadáver, é certo, mas em mais nenhum automóvel vislumbro a vala comum de insetos dípteros que jaz sobre o meu Clio. É certo que o carro é preto, mas nem isso justifica a predileção da mosquitada para encontrar ali a sua última morada. Da velocidade também não é, porque ao ritmo que ando na VCI mais depressa os mosquitos morriam de velhice ou de tédio do que do embate com o bólide. Terei cara de cangalheiro? Espelho meu, espelho meu...