Na semana passada foi publicado o novo relatório da Organização Mundial de Meteorologia sobre o estado dos recursos hídricos, alertando para as consequências das alterações climáticas no ciclo hidrológico a nível mundial.
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Refere que se está a assistir a um agravamento das precipitações extremas, das inundações e das secas e que o mundo está cada vez com situações mais difíceis, em que a água ou é demasiado abundante ou demasiado escassa. 2023 foi o pior dos últimos 33 anos, com níveis de seca severa e inundações intensificadas sem precedentes. No Brasil, o rio Amazonas enfrenta uma queda drástica no nível de água, tendo-se verificado locais com redução de caudal de 80% a 90%, afetando comunidades e ecossistemas. Os glaciares sofreram o pior degelo em 50 anos de observação, reflexo do aumento global das temperaturas, intensificando as secas e as precipitações em diferentes áreas.
Essas mudanças do ciclo hidrológico trazem consequências diretas no abastecimento de água potável e na segurança hídrica. Este stress generalizado no ciclo da água já é responsável por cerca de 3,6 biliões de pessoas, no mundo, enfrentarem escassez de água pelo menos um mês por ano.
Assim, são urgentes políticas fortes a nível global, para a resolução deste problema coletivo, com foco na necessidade de uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos, em particular na agricultura e nos consumos domésticos, e maior monitorização tecnológica que permita acompanhar a evolução do ciclo da água. Enquanto isso, que cada um de nós inicie novos comportamentos. A água é indispensável à vida.