Corpo do artigo
É normal que uma prova com três dezenas de edições tenha elementos de continuidade, territórios que percorremos sempre, uma ligação umbilical aos municípios para quem o Grande Prémio JN é já ponto assente no programa desportivo. Mas a esse sentido de continuidade junta-se, ano após ano, o elemento novidade. E nesta edição são várias as mudanças que prometem colocar esta prova âncora do calendário nacional no centro das atenções.
No prólogo, o Grande Prémio desce mais a sul e arranca na Figueira da Foz. Seguem-se seis dias que vão percorrer toda a região acima do Mondego, com Viana do Castelo a manter-se como ponto mais a norte. A chegada faz-se mais uma vez à beira-mar, na praia da Madalena, Gaia. É a edição com mais municípios aliados à organização, no reconhecimento de que a modalidade contribui de forma decisiva para a divulgação dos territórios. São esperadas mais equipas estrangeiras, um pelotão maior, e estão reunidos os ingredientes para uma boa moldura humana.
O ciclismo distingue-se pela facilidade em chegar ao coração das pessoas. Basta saírem de casa para que a festa aconteça: são as cores, os movimentos, as histórias do tempo em que as bicicletas pesavam mais, a tecnologia não ajudava como hoje e os heróis pareciam ainda mais resistentes, levados em ombros na chegada à meta. A grande entrega dos ciclistas é um dos ingredientes que nunca falta.
Estamos já a semear novos projetos para 2023, certos de que a modalidade é um elemento definidor da nossa identidade e da nossa relação com os leitores. No JN acreditamos que a informação de proximidade anda de mãos dadas com organizações que nos transportam para fora da redação. Não nos limitamos a narrar ou procurar notícias. Somos agentes ativos nas dinâmicas locais, promovendo debates, concertos, eventos sociais e desportivos. Estamos na estrada, com as pessoas.
*Diretora do Jornal de Notícias