O facto de escrever estes textos ao domingo faz com que, no primeiro fim de semana de setembro, escreva, invariavelmente, a partir da Festa do Avante!.
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Pensei se deveria escrever, mais uma vez, sobre a Festa. Será que consigo transmitir algo diferente? E concluí que, se não o consigo, tal é por inépcia própria, porque as festas são sempre diferentes.
A organização do espaço, os programas das múltiplas atividades culturais, desportivas e recreativas e os temas das decorações são aspetos que mudam de ano para ano, dando a cada Festa caraterísticas únicas. Que se acentuam com as múltiplas melhorias que, todos os anos, se veem nas infraestruturas.
São, também, diferentes porque se realizam em contextos políticos e sociais distintos. E, porque, como diria La Palisse, todos os anos temos mais um ano e isso também muda a forma como vemos e vivemos a Festa.
Mas, nesta diversidade, há coisas que não mudam. O ambiente de fraternidade e camaradagem que, durante estes três dias, irmana os participantes na festa. A alegria que se sente no ar. A comovente generosidade de homens, mulheres e jovens que, voluntariamente e com gosto, asseguram o funcionamento de todos os serviços. A presença de dezenas de milhares de pessoas, com uma predominância de jovens.
Não muda, também, o ódio de alguns à Festa. Porque esta mostra a muita gente que nada tem que ver com o PCP quão falsa e insultuosa é a imagem que, quotidianamente, procuram transmitir deste partido e dos comunistas. O jornal i de sexta-feira é um exemplo desse ódio e uma desonra para o jornalismo. Mas que, embora com vergonha alheia, agradeço, porque foram muitos os que, por impulso solidário face à ofensa, se juntaram à Festa......
*Deputado municipal