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Boas contas públicas. Economia em crescimento, resistindo (ainda) à crise internacional. Dívida pública controlada e credibilidade internacional de Portugal nos mercados. Descida de IRS e aumento dos rendimentos dos portugueses. Inflação controlada e em queda. Taxas de juro a estabilizarem e a começarem a descer. Um país mais descentralizado e menos burocratizado. Com milhares de milhões de euros de investimentos estratégicos já em execução. E muitos milhares de milhões de euros disponíveis para as empresas e para suportarem um ciclo de investimento público…
Esta é a “pesada herança” que os governos do PS legam ao próximo Governo do país. Governos que geriram uma crise pandémica e uma crise inflacionista, protegendo as pessoas, a economia e o país de muitas das consequências que podemos observar em tantos dos nossos parceiros europeus, para já não falar do resto do Mundo.
Na campanha eleitoral ouvimos muita retórica e muita demagogia sobre os problemas do país. Ouvimos poucas propostas realistas para a resolução desses problemas. Agora teremos a oportunidade de ensaiar respostas alternativas às do PS, quer as que estavam em execução, quer as que foram apresentadas na campanha eleitoral, obviamente e por uma questão de coerência, assentes na inovação dentro da continuidade do trabalho realizado pelos governos de António Costa.
Desejamos todos que, nesta legislatura, o país continue uma trajetória de crescimento, de melhoria dos serviços públicos, de aumento de rendimentos das pessoas e das famílias, de reforço da competitividade das empresas, de capacidade de atração de investimento externo, de mais e de melhor emprego para os jovens, de modernização do país e da sua preparação para resistir e ultrapassar as crises de contexto que nos baterão, infelizmente, à porta.
Na Assembleia da República a responsabilidade dos partidos e de cada um dos deputados é enorme. Haverá os que tentarão degradar o Parlamento, como já o fizeram anteriormente, criando um pastiche de democracia. Mas são os que têm a ampla maioria que deverão ser capazes de defender a Democracia, nos 50 anos de Abril, dignificando o trabalho parlamentar e explicando muito bem aos portugueses as opções que serão tomadas.
Porque destas eleições nasceu o perigo de desvalorização da Democracia como bem maior e o início de um caminho que nos faça voltar ao que já foi antes Portugal: um país de medo, de perseguição, de tortura, de miséria e desigualdade.
A esse futuro passadista devemos mesmo dizer bem alto: não é não.