Tenho muitas dúvidas sobre a lei que obriga cães, gatos e furões a serem "chipados". A última coisa que mandei "chipar" foi, há muitos anos, uma Playstation. E por indicação dos meus filhos.
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Por outro lado, não quero contribuir para entupir as caixas de correio eletrónico das organizações que podem ajudar-me a esclarecer esta questão. Face à escassez de alternativas e colocado perante este extraordinário dilema - "chipar" ou não, eis a questão - optei por consultar o CJ, esse mesmo, o meu gato. Importa explicar que o CJ é um pequeno felino bastante agressivo, com um comportamento diabólico que envergonha os donos no veterinário, mas simultaneamente um bom interlocutor. Quando lhe apontei e pressionei a zona onde deveria ser introduzido o chip, tentou imediatamente morder-me, num albino sinal de reprovação. Sendo eu respeitador e muito amigo dos animais, logo percebi que teria de entrar em incumprimento. Não "chiparei", ponto final, até porque isso também me deixaria com um peso na consciência: por que raio haveria de injetar o gato e deixar a centopeia lá de casa andar à vontadinha sem identificação? O CJ está coberto de razão. E de pelos.
Jornalista