"Perante um acontecimento desta magnitude e alcance, seria de esperar que todas as instituições responsáveis e responsabilizáveis se atropelassem para organizar a investigação e obter respostas.
Corpo do artigo
E, nem que fosse por vergonha, garantirem publicamente que para além do interesse de cada um dos departamentos, secções, institutos, secretarias ou ministérios, que independentemente dos chefes, comandantes, líderes ou ministros de ocasião, o importante é que não volte a acontecer.
Mas não é nada disso que se passa, antes pelo contrário. Em vez disso, assistimos a uma competição pública de autolavagem e chamuscagem alheia. É o salve-se quem puder."
Escrevi mais ou menos isto no verão de 2017, no rescaldo de Pedrógão e Tancos. Em dezembro de 2018, depois da tragédia de Borba e do helicóptero do INEM, percebeu-se o que já todos desconfiávamos. Nada mudou. Não mudaram os métodos, não se alteraram os problemas e manteve-se o lema português: mudar dá trabalho a alguns, ficar quieto dá o pão aos outros todos.
Jornalista