Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, reagiu duramente contra a Igreja portuense por negócios em relação aos quais deveria a Câmara ser informada, pelo interesse social e apoio/parceria que poderia ter nos mesmos.
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Tem toda a razão, pois não se percebe que a instituição religiosa atue, na matéria, “por debaixo da mesa” quando a missão deveria ser social e de interesse coletivo.Estes casos de “doações “são por vezes complicados, mas têm, na mente de quem doa, o “bem comum” e não o “mercado do negócio” por parte da instituição que recebe, instituição religiosa ou de interesse social e coletivo.
Daí a reação do autarca portuense, pois sabendo que a Câmara poderia dar ajuda para alcançar essa finalidade do pensamento do doador, a Igreja comportou-se como “agente de mercado especulativo” em vez do papel social e solidário que lhe compete.
Pode gostar-se ou não do presidente da Câmara, mas deve reconhecer-se que está “de partida” mas foi um bom presidente, empenhado no interesse da cidade e voz escutada em Lisboa, ou seja, seguindo o princípio que de que “quando o Porto se constipa, Lisboa (poder central) apanha uma pneumonia”. E por várias vezes isso aconteceu, o que deveria fazer a Igreja portuense estar atenta e comprometida com “o que se gasta em casa”.
A Câmara não faz “milagres” mas também não atrapalha a Igreja na prática do bem comum e a obra de Rui Moreira não precisa de defensores, mas a “crónica” traz o assunto porque se trata de “interesse de cidadania” e está atenta.