Quando o Braga recebeu o Benfica na Pedreira há pouco mais de quatro meses, ninguém esperava um arranque tão forte dos bracarenses.
A dupla Al Musrati - Racic surpreendeu o adversário e dominou por completo o meio-campo. Na Luz, o Braga surpreendeu em sentido oposto. Mesmo sabendo que a ausência de Al Musrati seria notada, ninguém esperava uma equipa com tantas dificuldades para impor o seu jogo e sair para o ataque.
Neutralizado a atacar, o Braga foi eficaz a defender perante um Benfica mais ofensivo que o habitual. O golo solitário de Rafa foi a única exceção no acerto defensivo bracarense, mas a história do jogo poderia ter sido bem diferente se Luís Godinho tivesse assinalado a grande penalidade que Ricardo Horta sofreu perto do final da primeira parte. Aliás, não se compreende a forma como os árbitros (e os VAR) avaliam os lances de grande penalidade em Portugal. A arbitrariedade é tanta que o desequilíbrio em favor dos três clubes mais influentes é absolutamente chocante.
Num jogo muito difícil para o Braga - sobretudo pela competência com que o adversário nos neutralizou - sobressaiu Bruma. Mesmo em desvantagem, o avançado do Braga foi o principal responsável por manter o resultado em aberto. Tão aberto que o treinador adjunto do Benfica - Francisco Ferreira - protagonizou um lamentável episódio antidesportivo quando roubou a bola a Bruma - para impedir a rápida reposição - e fugiu com ela para o banco de suplentes. Quanta tinta teria corrido se o gesto fosse praticado por algum adversário do Benfica numa partida que procuravam empatar?
A subir
O apoio bracarense nas bancadas da Luz merece destaque.
A descer
A entrada dos adeptos do Braga depois da hora de início do jogo é uma falta de respeito que se repete na Luz e merece atenção por parte da Liga e do Governo. A transmissão da partida no canal de uma das equipas compromete totalmente a isenção: se o jogo tivesse sido transmitido num canal independente não faltariam imagens do pénalti que Ricardo Horta sofreu no final da primeira parte.
*Adepto do Braga