Corpo do artigo
O Porto tem muito por onde escolher nas próximas autárquicas. Quer dizer que, em princípio, a cidade ficará largamente representada, com “gostos para tudo”. Por outro lado, também largamente dividida, não diria “ingovernável” mas de gestão mais confusa. Há questões fundamentais, algumas que vêm de trás e exigem largo consenso para encontrar respostas, desde turismo sustentável e habitação pública ou apoiada para classe média, VCI e Circunvalação, circulação urbana e regional, diálogo de vizinhanças, rejuvenescimento etário e coesão social, pelo menos. As propostas, algumas de “publicidade política barata”, não apontam muito de diálogo ou de visão abrangente de cidade, passo essencial para fortalecer uma cidadania forte de quem “deu nome a Portugal” e sempre marcou a orientação do país em tempos de “ventania histórica”. Como estamos a viver e promete agravar-se. Ou as forças políticas se entendem no essencial, ou iremos parar a “um beco imundo e malcheiroso” que os cidadãos conscientes e a cidadania não estão habituados e penso não resistirão. Portugal não está aquele “país radioso à beira-mar”, pois fazemos parte da Comunidade Europeia em crise e sem dirigentes capazes, e a economia precisa de apoios que contam, aqui a Norte, com contributos que o Porto, cabeça de região, não poderá deixar de dar. Quem ambicionar governar a cidade, não pode esquecer este “destino histórico”, bem mais importante do que “lugares de poder” para “amigos e/ou camaradas”.