Corpo do artigo
O ano de 2024 deixa uma marca de enorme relevância na vida de Portugal e do Mundo, com personalidades e eventos que fizeram história, deixando aqui algumas notas soltas.
No que respeita a personalidades, junto da nota negativa de António Costa e Pedro Nuno Santos, com uma saída atrapalhada do Governo e com uma derrota eleitoral, mesmo que por escassa margem, fica a nota positiva de Luís Montenegro com uma vitória eleitoral e o seu início de funções como primeiro-ministro, mesmo gerindo um quadro parlamentar muito difícil, tendo o PS e o Chega a disputar a liderança da Oposição ao PSD e à Aliança Democrática.
Numa situação muito original, o ano de 2024 teve um cidadão não político, Gouveia e Melo, a condicionar de forma muito impressiva as dinâmicas das eleições para a Presidência da República de 2026, com a perspetiva de, após a sua passagem à reserva na Marinha, assumir uma candidatura presidencial, que as sondagens vão apontando como ganhadora.
Na escala mundial, a nota positiva tem de ir para o Partido Republicano e o seu líder Donald Trump, com uma clara vitória que vai abrir um novo capítulo na vida dos EUA e do Mundo a partir do próximo dia 20 de janeiro, derrotando Joe Biden e o Partido Democrata que tiveram um desastrado processo eleitoral e uma mudança de candidato na reta final da campanha eleitoral.
Na Europa sobram notas negativas, de Macron a Scholz, da França à Alemanha, com crises políticas e económicas, sem perspetiva de mudanças relevantes e corajosas que possam terminar e inverter o crescimento da extrema-direita. A Rússia, além da guerra que continua a alimentar na Ucrânia, pressiona politicamente os países que pertenceram à antiga União Soviética. Os países dos Balcãs desesperam pela entrada na União Europeia, instrumento que vai ser muito importante para a sua paz e o desenvolvimento económico.
Na União Europeia há a nota positiva do início de um novo mandato das instituições europeias, embora com um arranjo político-partidário que por ser muito abrangente pode ser paralisante, situação que não pode acontecer pela necessidade de dinâmica positiva nas várias políticas da União e da sua fortaleza que possa tratar bem de uma renovada aliança política, económica e militar com os EUA.
No Mundo, falta paz, sobra guerra, na Europa, no Médio Oriente, em vários países de África, verificando-se uma confrangedora ausência de força política da ONU e um perigoso crescimento da força da aliança dos BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na dimensão política e de conivência com os atos da Rússia ofensivos do direito internacional.
Na cultura, tenho de dar nota do sucesso de Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024, dando um relevante contributo para a promoção da cultura portuguesa e neste caso para a qualificação da programação cultural e da rede de agentes culturais de Aveiro cidade, município e região.
O ano de 2024 foi um ano muito intenso e relevante, deixando uma esperança e uma vontade forte de termos um ano de 2025 muito melhor.
Boas-festas, com feliz Natal e um excelente Ano Novo de 2025.

