Corpo do artigo
A extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras é um ponto de não retorno. Esta semana a PSP, GNR, PJ, AIMA e RN passaram a assegurar as competências que eram do extinto SEF.
Nunca escondemos que somos contra esta solução. Há muito que é notório que o atual modelo está obsoleto, pesado, dispendioso e, mais grave, sem capacidade de se renovar pela manifesta falta de atratividade.
De igual forma, se antes da extinção do SEF já era internacionalmente reconhecido e apontado como problema o excesso de atores que Portugal (diga-se, os sucessivos governos) insistem em manter, a situação agora só se agravou.
Perdeu o país, perdeu o sistema de segurança interna e, provavelmente, perdeu o Governo a oportunidade de iniciar as reformas estruturais que urgem.
Porém, quem nunca pode perder são aqueles a quem prestamos um serviço público de segurança. Os nossos concidadãos, os que nos visitam e todos que, por razões de trabalho ou projeto de vida, entram em Portugal.
Para a PSP e para os seus profissionais este novo desafio mais não é que uma viagem no tempo. O controlo de fronteiras e estrangeiros volta à casa onde nasceu. Este “novo” abraçar é encarado com o mesmo empenho e profissionalismo com que em 2000 assumimos as competências de investigação criminal.
Sabemos que nem tudo estará pronto. Sabemos também que vão surgir dificuldades, avanços e recuos. Mas afastamo-nos dos críticos que, perante um desafio que é igualmente uma oportunidade, se ficam, uma vez mais, pela sistemática crítica.
Aos profissionais do extinto SEF desejamos o maior sucesso profissional, deixando o nosso agradecimento público pela partilha de conhecimentos que sempre o fizeram sem hesitar.
Bem hajam!