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No futebol, como na vida, em cada ciclo repetem-se os rituais que alimentam todas as ilusões, mesmo aquelas que sabemos muito difíceis de concretizar em Portugal.
O jogo de apresentação foi uma alegria imensa. Novo treinador, novos atletas, nova roupagem, a mesma música e quase tudo vermelho e branco nas bancadas. Uma nota para a claque do Celta de Vigo que fez questão de mostrar que não fica indiferente ao que se passa no Mundo e trouxe bandeiras pela libertação da Palestina e pelos Direitos Humanos LGBTI.
De volta aos relvados, os jogos europeus mostraram um modelo de jogo em construção, com um novo sistema tático tão arrojado quanto arriscado. Na primeira eliminatória, sofremos prolongadamente para passar e, na segunda, estamos em vantagem curta ao intervalo.
Mesmo sem os titulares da Europa, a Liga começou com uma vitória contundente diante do Tondela. Há muito que não ganhávamos na primeira jornada, pelo que importa aproveitar o ânimo que vencer sempre injeta numa equipa. Mas é importante ter noção de que o resultado foi bem mais positivo do que a exibição. Na Roménia, foi Gorby que se distinguiu. Na Liga foram Leonardo Lelo e Pau Victor a merecer destaque.
Neste novo ciclo, as expectativas estão em alta, mas o realismo dos 0,4% de probabilidade com que Carlos Vicens respondeu aos jornalistas ajuda a colocar os pés no chão.
Finalmente, Jorge Costa: o jogador, treinador e dirigente que também foi feliz em Braga partiu e deixou um legado importante no futebol português. Um abraço à sua família, aos seus amigos e ao seu clube do coração, o F. C. Porto.
*Adepto do Braga