Chegou o dia de enfrentarmos a Polónia, depois de ontem termos enfrentado a ameaça alemã. O importante é não nos deixarmos intimidar. Se mostramos temor por um alemão de cadeira de rodas, corremos o risco de apanicar perante um Lewandowski com uma fratura num metatarso. Se eu fosse o Schäuble, em vez de andar a amedrontar portugueses, optava por tentar adormecer italianos. Se a seleção italiana jogar o que sabe, os alemães podem dizer adeus a Paris mais cedo do que pensavam, pela segunda vez nos últimos setenta e tal anos.
A seleção polaca, com jogadores como Blaszczykowski, Jedrzejczyk, Grzegorz Krychowiak, Lewandowski, é uma seleção que dá muito trabalho aos adversários e aos senhores que estampam os nomes nas camisolas. É quase impossível não dar um erro a escrever um nome destes. Eu googlei e fiz "copy paste" porque era impossível lá chegar de outra forma. É mais fácil cair em cima do teclado e obter um nome polaco do que tentar escrever de forma natural.
Até agora, nos quatro jogos que disputou no Euro, a Polónia só sofreu um golo. Tem uma defesa muito forte e o guarda-redes não é Merda. Calma, educado leitor do JN, falo obviamente de Lukas Merda, que chegou a ser suplente da baliza da Polónia e joga agora no Formacja Port. Vai ser muito complicado marcar um golo a estes polacos, mas temos de pensar que, se até os húngaros conseguiram marcar três golos num jogo do Euro, tudo é possível.
Não vou arriscar um onze para o encontro de hoje. Já sei que depois o mister Fernando Santos lê esta crónica e vai-me contrariar. Podia fazer psicologia invertida e escrever - o importante é que o Moutinho jogue -, mas, depois da nossa Liga deste ano, já não arrisco mindgames.
Estamos a horas de poder regressar a uma meia-final do Campeonato da Europa de Futebol e precisamos do máximo apoio de todos os portugueses, exceto do presidente Marcelo Rebelo de Sousa (chega e sobra apoiar metade do que consegue). Este é o momento de empunhar, bem alto, o nosso patriotismo e não nos deixarmos dividir com clubites. Hoje é dia de deixar o maldito clubismo de lado e, com esforço, dedicação, devoção e glória, apoiar a nossa seleção, independentemente de sermos do Sporting ou do Bayern de Munique.
Força Alcoch...Portugal!
