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Durante o mês de julho, o Papa Francisco reduzirá a sua atividade, embora permaneça no Vaticano. Os seus antecessores, neste período, retiravam-se para Castel Gandolfo, uma localidade nas margens do lago Albano, a cerca de 25 km de Roma, onde se situa aquela que é considerada a residência papal de verão.
O Papa não faz propriamente férias, mas suspende alguns dos seus compromissos, como é o caso das Audiências Gerais. Na quarta-feira passada, presidiu à última audiência que se realizou e aproveitou para desejar boas férias aos peregrinos, em diferentes línguas. O texto dirigido às diferentes comunidades linguísticas não é precisamente o mesmo, mas, em cada um, o Papa vai desfiando diferentes desafios para a vivência dos tempos de descanso.
Aos peregrinos de língua francesa, o Papa recomenda que durante este "período de descanso e de férias" procurem olhar para a vida e descobrir nela "os traços da presença de Deus". Aos anglófonos, desejou que o verão seja "um tempo de recuperação e renovação espiritual". Evocou a situação dos estudantes que terminam o ano letivo na saudação aos crentes de língua árabe e convidou-os "a continuar a rezar e a imitar as qualidades do jovem Jesus, difundindo a sua luz e a sua paz". Finalmente, em italiano, expressou os seus votos para que "o período de verão seja uma oportunidade para aprofundar o relacionamento com Deus e segui-lo mais livremente no caminho dos Seus mandamentos".
Nas saudações feitas noutras línguas (em alemão, em espanhol, em português, em polaco e em esloveno), o Papa não referiu as férias, mas aproveitou para abordar outros temas, ligando-os na ocasião a determinadas peregrinações especiais a Roma de crentes dessas comunidades linguísticas.
Para um crente, a sua relação com Deus não entra em férias. Antes pelo contrário. O período de descanso, e a maior disponibilidade que nele se vive, pode ser bem aproveitado para aprofundar a relação com Deus. As férias, para além da necessária recuperação física e mental, podem e devem ser para os crentes - como propõe o Papa - "um tempo de recuperação e renovação espiritual".
*Padre