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A eleição presidencial vai agora dominar o discurso político.
Os candidatos começam a alinhar-se da esquerda para a direita ou vice-versa. Um candidato, contudo, não tem alinhamento partidário assumido e, desse modo, já se compreendeu que será o alvo dos candidatos partidários. Será preciso ter muita calma para aguentar os previsíveis ataques à candidatura de Henrique Gouveia e Melo.
Será natural que assim seja. Um candidato que andou, sempre, longe do fenómeno da partidarite é normal que provoque nos outros alguma dificuldade.
Podemos fazer uma pergunta simples. Faz sentido a candidatura de Gouveia e Melo?
A resposta será afirmativa. Faz todo o sentido.
Não é uma candidatura contra os partidos políticos porque compreende que eles são fundamentais e decisivos para a democracia.
É uma candidatura que ele já explicou, por várias vezes, a sua razão de ser. Compreende que ao presidente não compete governar ou comentar as opções do que vai acontecendo.
Compete cumprir e fazer cumprir a Constituição. Isso mesmo: a Constituição da República que fará, em 2026, 50 anos de existência, sendo o mais importante documento legal cuja vigência ultrapassou já a de qualquer congénere. Compete ao Parlamento, e só a este, fazer qualquer alteração ao texto constitucional. Por isso, o candidato Gouveia e Melo assume a Constituição como a inspiração para o seu manifesto e programa de candidatura.
O seu discurso vai nesse sentido, privilegiando o eleitorado moderado no centro, sabendo que, entre o centro-direita e o centro-esquerda, muitos portugueses se identificam com o que vai afirmando. Uma linguagem que o homem da rua sabe compreender porque não tem a sofisticação difícil de outros que só se movem no politicamente correto.
Os candidatos partidários sabem que disputam preferencialmente o eleitorado do seu partido e tentam depois, se possível, crescer para as proximidades.
Gouveia e Melo faz do povo a sua Comissão de Honra, traz consigo imensos líderes de opinião, das mais variadas regiões, longe da bolha mediática, independentes ou militantes partidários, dos mais variados escalões etários e, acima de tudo, pessoas com provas dadas na sociedade civil ou no Estado e que querem ajudar Portugal a ser um país mais justo e equitativo.
Será sempre criticado pelos candidatos que dizem ser de um partido para depois, logo a seguir, dizerem que querem ser apartidários.
O que a candidatura de Gouveia e Melo vem dizer é que estamos num novo momento das nossas vidas. Um momento onde o Mundo está mais perigoso e complexo. A sua formação permite-lhe ter uma visão dos desafios contemporâneos mais consentânea com as preocupações dos portugueses.
No dia da sua tomada de posse, os partidos podem não saber se devem ou não bater palmas ao seu discurso presidencial, mas os portugueses, esses, já o souberam fazer antes no dia das eleições.
Até lá, o discurso será de manter o rumo na direção de uma ideia de unir Portugal.

