A notícia que todos temiam foi confirmada por fonte oficial: já estamos em recessão técnica e, este ano, deverá registar um crescimento negativo de 0,8%. O alarme soou tão estridente como uma bofetada. Qual ministro das Finanças, o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, não se limitou a apresentar as mais negras previsões até agora traçadas; propôs medidas para dar a volta ao texto.
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Um texto onde a palavra desemprego surge sublinhada, mas que deixa, no provável aumento do rendimento disponível de quem conserva o seu posto de trabalho - em contexto de descida da inflação e das taxas de juro - sinais de esperança. Porém, se até o PS já teve de dar a mão à palmatória, reconhecendo que o país não escapa à tendência recessiva da economia mundial, sobra uma pergunta, aberta ou veladamente formulada pelos diversos partidos da Oposição: que credibilidade merece, agora, um Orçamento de Estado que assenta numa perspectiva de crescimento de 0,6%?