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Acho que uma das coisas mais importantes que podemos fazer é ajudar os outros. Estou a vivenciar isso aqui na Alemanha, sobretudo entre jornalistas. Ontem, por exemplo, alguns eslovenos ajudaram os portugueses a traduzir a conferência do selecionador do adversário de Portugal e vice-versa. Além disso, é frequente haver troca de informações entre jornalistas para que todos possam informar da forma mais precisa possível. Uma das coisas que mais tenho gostado de ver, mais entre jornalistas portugueses, são os pedidos para participar em diretos ou questionários. Por exemplo, ontem fiz parte de umas “perguntas rápidas” por parte de um colega de profissão e foi algo que me divertiu imenso. Também já entrevistei jornalistas estrangeiros e é sempre bom perceber a cultura jornalística lá de fora. Mas às vezes o espírito de entreajuda não vem só do trabalho. Hoje, faz 19 dias que cheguei à Alemanha, juntamente com os meus colegas e nem sempre é possível estar no máximo da boa disposição e, sobretudo, da energia. Mas aquilo que me faz sentir grato é que é frequente entre nós puxarmos uns pelos outros quando alguém está mais em baixo ou mais desgastado. Este é o meu tipo de ajuda preferida, aquela que é invisível, mas, se observarmos bem, é essencial. Nunca mudará.