Corpo do artigo
Os Prémios “Mais a Norte”, cuja gala se realizou há dias, celebraram a marca de uma região e a centralidade do binómio pessoas-território. O Norte que fez nascer Portugal e que, ancorado em raízes humanas, se projeta ao encontro do futuro, numa convergência cosmopolita que vai dos negócios ao emprego, da ciência à cultura, conferindo pleno significado à palavra integração. Um Norte simultaneamente diverso e coeso, vibrante no seu pulsar e no seu sentir. Esse Norte industrial, que contribui com superavits para a economia portuguesa, resiliente na adaptação às crises das últimas décadas. Esse Norte exportador e mais exposto a contextos adversos, tem de ser criativo e inovador e, por isso, culturalmente rico e dinâmico. Celebramos o talento criador, de quem arrisca, de quem transforma. Na arte, na ciência, na tecnologia, no empreendedorismo dos mais jovens, bem como no dos mais experientes, transdisciplinar e transgeracional.
Criar mais valor, garantindo a coesão do todo territorial e social, é o nosso maior desafio – o do Norte e o de Portugal. Precisamos de alimentar um círculo virtuoso de geração e distribuição de riqueza, essencial à coesão social e territorial, e a uma evolução demográfica positiva. No nosso caldo imenso de cultura, da simbiose entre experiências criativas, tecnologia e conhecimento de mercados, germinam produtos e serviços inovadores.Vivemos tempos de incerteza, mas também de esperança fundada. Na última década, a nossa economia terceirizou sem perda da importância da indústria, aumentando o volume e a qualidade do emprego. Hoje, o automóvel é o nosso principal setor exportador. Equipamentos de precisão, máquinas, metalomecânica e plásticos técnicos são os de maior crescimento. Na educação, vencemos atrasos estruturais e superamos a média europeia, nos escalões dos 18 aos 34 anos. O investimento em I&D pelas empresas é maior que a média nacional.
Os Prémios “Mais a Norte” celebraram a conquista e marca do Norte. Mas celebram, também, algo maior: o projeto político europeu, e a sua política de coesão.Tudo isso foi evidenciado pela excelência dos 232 projetos concorrentes. Os finalistas e vencedores, um escol de diversidade e excelência, provam que o Norte não espera pelo futuro. O Norte constrói-se.
São histórias como estas que nos fazem acreditar que o Norte é mais do que um ponto no mapa. É uma forma de estar.