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As notícias sobre as taxas de abandono no Ensino Superior não podem deixar de nos preocupar e fazer refletir sobre a melhor forma de acompanhar esta franja da população. A lei da vida é simples, mas implacável na sua continuidade temporal, em que por cada ano que passa todos acrescentamos esse facto na fita do nosso tempo próprio, enquanto seres humanos e sociais. E assim resulta que quando apostamos na formação dos jovens, tal significa, desde logo, que temos a consciência plena que daí decorre o assegurar da qualidade do nosso futuro. Por isso mesmo, se há sinais de que uma parte significativa dos que ingressam no Ensino Superior estão a sofrer, temos de ser atentos e assertivos na melhor forma de ajudar.
Tenho instituídas reuniões regulares com os dirigentes da academia de que sou o responsável máximo, desde a Associação Académica, às direções de núcleos de cursos. São momentos de liberdade absoluta para ambos os lados, com o compromisso firme de que tudo o que ali se passa serve apenas e só para trabalhar em nome do futuro da universidade. A lealdade com que tudo tem decorrido nestes três anos é exemplo da qualidade da juventude atual. Não tenho dúvidas de que responsabilidade e compromisso são valores com forte enraizamento nos estudantes. Por isso mesmo, nesta fase em que ainda se sente algum impacto de uma certa “ressaca pandémica”, temos de tudo fazer para, em conjunto, superar as dificuldades de hoje, pelo futuro de amanhã.
Está bem o Governo ao sinalizar politicamente a importância do tema através de um Ministério da Juventude, no qual a própria liderança é um sinal de mudança positivo. O mesmo se passa com a enorme lufada de ar fresco de um promissor núcleo de jovens políticos, incluindo deputados. O futuro tem de ser acompanhado e tratado com o cuidado, desde logo para que o melhor não nos continue a fugir.