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O Hospital Gaia/Espinho está entre os melhores do país. Quem o diz são, desde logo, os seus diretores de serviço, em carta dirigida há dias ao presidente da República e ao primeiro-ministro, a propósito da escolha da nova Administração.
Os gaienses têm, pois, comprovadamente, um dos melhores hospitais do país, uma referência nacional em várias especialidades. Mérito, acima de tudo, dos profissionais de saúde, diretores de serviço, Administração, mas também dos responsáveis políticos dos anteriores governos e da Câmara Municipal, que se empenharam na requalificação e no crescimento do hospital.
Todos os hospitais disputam entre si acesso a mais orçamento e investimento, mais ainda em contexto metropolitano, onde outros hospitais procuram igual ou superior influência. É o caso do Hospital Gaia/Espinho, a maior entidade empregadora de Vila Nova de Gaia, com mais de cinco mil colaboradores.
Durante longos anos, fomos ouvindo promessas de um novo hospital. Tratou-se de uma forma de entreter a opinião pública para esconder que nada estava a ser feito. Mais tarde, soubemos que nem uma única página de projeto havia.
Andou bem esta Câmara Municipal quando decidiu apostar na requalificação progressiva do hospital. Esteve ainda melhor quando assumiu a disponibilidade do orçamento municipal para comparticipar os investimentos necessários, a saber: a urgência geral e a urgência pediátrica, a maternidade, a unidade de cuidados intensivos, a unidade de cuidados neurocríticos, o serviço de internamento, o edifício de internamento psiquiátrico, o mais moderno equipamento de ressonância magnética do país e o heliporto.
Não restam dúvidas que a atual Administração tem desempenhado um papel decisivo na trajetória de afirmação nacional do Hospital Gaia/Espinho. Compete agora ao Governo decidir se renova os atuais administradores, optando pelo critério do reconhecimento do mérito, ou ignora tudo o que vem sendo feito. É por isso que os diretores de serviço querem, justamente, ser ouvidos na escolha da nova Administração, chamando à atenção que “a mudança, só por si, pode muitas vezes traduzir-se em simples perda de tempo e de dinheiro”.
O hospital é fulcral para o desenvolvimento estratégico de Vila Nova de Gaia e para a qualidade de vida das populações que serve. Não podemos permitir que outros interesses instalados no setor da saúde impeçam o seu crescimento e a sua promoção a hospital universitário. Estaremos atentos!

