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Ponto prévio: sou mega fã de Pepe e Cristiano Ronaldo, quem lida comigo sabe bem o que penso e defendo sobre estes monstros. O defesa central do F. C. Porto é, para mim, o melhor jogador do campeonato. Sim, se calhar, tenho uma perspetiva romântica, mas dou muito mais valor a um xerife do que a um extremo que faz umas fintas inócuas, uns golos e depois passa 80 minutos ao lado do jogo, um João Félix, por exemplo. Já CR7 é a superação expressa no corpo e no campo, e não vale a pena estar a reviver e adjetivar tudo aquilo tem feito ao longo da carreira. Agora, independentemente do cartão de visita, ou se calhar até ainda mais por isso, estes dois atletas de elite não podem, em momento algum, fazer o que fizerem recentemente e terem um comportamento agressivo com a arbitragem. Pepe não pode, apesar do trabalho fraquinho de Fábio Veríssimo, protestar veemente com o juiz e sugerir-lhe uma ida ao oftalmologista.
Cristiano Ronaldo não pode também pensar que é tudo dele, empurrar um adversário, ser expulso e, ato contínuo, simular um gesto que iria dar um murro no árbitro... ou só na bola, como alguns defendem. Mais uma vez, independentemente do que Ronaldo pensou fazer, é tudo muito mau. Ponto intermédio: comecei por dizer que sou fã destes dois craques, mas, lá está, essa admiração diminui quando estes atos irrefletidos se acumulam. Não sei se já estarão naquela idade, fase da vida, que não estão para aturar ninguém e acham que podem fazer tudo que lhes apetece. E não querendo alinhar num coro fácil, mas alinhando, Pepe e Cristiano Ronaldo nunca se podem esquecer que são um exemplo para milhares de crianças. Se as referências fazem isto, protestam e ameaçam os árbitros, qualquer jovem atleta pode achar legítimo fazer o mesmo...
Ponto final: Hamdallah, jogador do Al-Ittihad, atirou água contra um adepto e, na resposta, foi chicoteado. Está tudo errado.