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Há um antes e um depois de Sir Alex Ferguson no Manchester United. Com o escocês, os diabos vermelhos transformaram-se em reis de Inglaterra, da Europa e do Mundo. O domínio que exerceram no reinado de Ferguson, que durou 27 anos (de novembro de 1986 a maio de 2013), está expresso em 38 títulos ganhos nesse período – 13 campeonatos, 5 taças de Inglaterra, 4 taças da Liga, 10 Supertaças, 2 Liga dos Campeões, 1 Supertaça Europeia, 1 Mundial de Clubes, 1 Taça Intercontinental e 1 Taça UEFA.
Desde maio de 2013, quando a milionária família americana dos Glazer decidiu abrir um novo capítulo no comando técnico, o United tem sido um cemitério de treinadores, alguns deles consagrados, como José Mourinho, ainda assim o mais bem-sucedido ao ganhar três troféus (Supertaça de Inglaterra, Taça da Liga e Liga Europa) dos sete conquistados pelo clube nos últimos 12 anos. Mas há outros números falam por si: em 810 jogos com Ferguson na Premier League, o United sofreu 114 derrotas. Nos 450 jogos seguintes, ou seja, pouco mais de metade, os sucessores do escocês perderam mais um: 115. O triste registo ficará ligado a Ruben Amorim, que não tem conseguido travar a queda do United, ao ponto desta já ser a pior Premier League de sempre. A salvação da época, e talvez do treinador português, reside agora na conquista da Liga Europa. O milagre contra o Lyon, de Paulo Fonseca, ajuda Ruben Amorim a respirar um pouco melhor, mas só repetir o feito de Mourinho, o que dará acesso à Liga dos Campeões, o deverá salvar.