Nunca tive nada contra copiar as boas ideias. No caso do título desta crónica, a ideia não é minha, nem é original, mas fica aqui a sugestão para António Costa, ou para quem lhe vier a suceder como primeiro-ministro: criar um Ministério das Empresas e do Made in Portugal. Que não se confunda nem acabe com o tradicional Ministério da Economia.
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Trata-se de uma inspiração italiana, porque foi o novo governo de Giorgia Meloni que se apresentou com um Ministério das Empresas e do Made in Italy. Mas gostemos ou não desta novíssima líder política da Direita transalpina, tenho de reconhecer que o nome deste novo ministério está muito bem inventado. Mesmo para um país em que o Made in até não precisa tanto de notoriedade internacional como precisa ainda o nosso Made in Portugal.
Numa altura em que até está na ordem do dia a discussão das diferenças entre o "Made in" e o "Created in" (como aconteceu ontem na Casa das Artes em Famalicão, num Fórum Económico apoiado pelo nosso JN ), conseguir que um ministério chamasse a atenção para isso pelo seu nome parecia-me muito importante.
Os mais pessimistas logo dirão que em Itália logo veremos se não se repete a estória de que os publicitários são uns exagerados, porque o que interessa é ver daqui para a frente o que é que este novo ministério vai realmente fazer em prol das empresas e do Made in Italy. Um otimista incorrigível como eu prefere pensar que com um nome destes, mau era que as políticas adotadas fossem menos atrativas e favoráveis às empresas e ao Made in do que as anteriores.
Acho que importa mais começar pelo princípio. As empresas portuguesas e o Made in ou o Created in Portugal precisam e merecem ou não de maior promoção nacional e internacional? Como dizia o Freitas do Amaral nos anos 70, a resposta é muito simples: precisam, sim e merecem, também.
Passarmos a ter um ministério das empresas e do Made in Portugal era um superssinal para que todos ganhassem consciência dessa necessidade e das vantagens que toda a economia e todos nós ganharíamos com esse apoio acrescido às nossas empresas.
A Iniciativa Liberal bem podia começar a ter destas ideias em vez de passar a vida a mudar de líderes por razões que a razão desconhece.
*Empresário