Mudou muito a Internet e a sua utilização em Portugal e no Mundo. Na próxima sexta-feira, faz vinte anos que entreguei a minha "tesina" de conclusão da licenciatura em Comunicação Social na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, com o título: "Internet e Comunicação para a Diocese de Bragança - Miranda".
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Há vinte anos, a taxa de utilização pela população portuguesa aproximava-se dos 50%. Não existiam as redes sociais, nem eram tão acessíveis as videoconferências. À época eu defendia as virtualidades da web para atingir os jovens, para contactar os oriundos da diocese que residiam fora e, também, para colmatar a falta de reciclagem do Clero que então se verificava, substituída apenas por esporádicas ações de formação.
Hoje a Internet - e, sobretudo, as redes sociais - constituem uma forma privilegiada para chegar à juventude e congregá-la. As redes também facilitam o contacto com os diocesanos que vivem fora. Só na formação permanente do Clero é que se tem aproveitado pouco o potencial da Internet.
Em 2002 apenas 24 dos 116 sacerdotes diocesanos tinham endereço eletrónico. Propunha eu, então, que se realizassem ações para os sensibilizar para a Internet, dando-lhes acesso a materiais que contribuíssem para a sua formação e reciclagem teológica e pastoral.
Passados duas décadas, porém, continua a não haver na diocese ofertas organizadas para a reciclagem do Clero, presenciais ou on-line, apesar de quase todos os 63 sacerdotes já utilizarem a Internet e terem e-mail. Funcionalidades que se tornaram banais, como a videoconferência, também são pouco usadas para, por exemplo, facilitar o acesso a peritos em ciências teológicas.
Os meios estão aí - felizmente mais acessíveis, mais funcionais e mais expeditos do que há 20 anos. Mas a Igreja precisa de maior engenho e arte para os aproveitar.
Padre