Participei há dias, no Porto, numa reunião com empresários, a convite da coligação "Portugal à Frente", com o objetivo de debater os desafios e oportunidades que se colocam às empresas neste novo ciclo económico.
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Perante Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, cerca de trinta empresários, representativos de inúmeros setores de atividade - das tecnologias ao vinho, passando pela cortiça e pelo turismo -, discutiram o que os aflige e o que lhes dá esperança para os próximos anos. Foi o momento para uma nova geração de empreendedores apresentar uma imagem muito positiva e de enorme otimismo para a Região Norte do país.
Alguns aspetos impressionaram-me especialmente: em primeiro lugar, os convidados deixaram um pedido a Passos Coelho e a Paulo Portas: que, por favor, vençam as eleições, pois só assim o país poderá continuar a senda de reformas e de crescimento sustentado que tem vindo a fazer.
Em segundo lugar, o enorme domínio das pastas económicas evidenciado. De uma forma simples e muito eficaz, Portas e Passos Coelho deram explicações e esclarecimentos sobre todos os assuntos que foram sendo abordados. Ao contrário dos seus adversários, estão bem cientes dos números e da realidade, não caindo na tentação fácil de vender ilusões ou demagogicamente ludibriar as questões.
Em terceiro lugar, testemunho a excelente complementaridade e espírito de colaboração entre os dois. Os líderes do PSD e do CDS revelam uma ligação forte e harmoniosa, que não aparenta qualquer desgaste. Para quem quer governar mais quatro anos, apresentar-se aos portugueses com sintonia nos objetivos, energia renovada e garantia de estabilidade é o melhor indicador que um povo pode ter quanto à confiança no futuro.
Em quarto lugar, destaco ainda a forma humilde como ambos foram interagindo com todos os interlocutores, levando a que a duração da reunião ultrapassasse as três horas. Em vez de cumprir calendário em mais uma ação de campanha, estiveram sobretudo interessados em perceber o que se poderia melhorar, o que correu bem, o que pode correr melhor, estiveram, enfim, preocupados com o país.
Por tudo o que descrevi e também pelos excelentes indicadores que diariamente entidades independentes vão anunciando sobre Portugal, estou esperançado que continuemos a trajetória de crescimento económico, criação de emprego, redução da dívida, recuperação da soberania financeira e melhoria das condições de vida dos portugueses. O que só será possível se existir estabilidade, conhecimento dos dossiers, sentido de Estado, sentido da realidade e humildade para ouvir os portugueses.
Foi essa a lição que recebi de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas numa tarde de sábado: colocar sempre Portugal à frente.