Eis o regresso do futebol! Do futebol que nos apaixona, que nos mobiliza, que nos une (e divide). Do futebol pelo qual descobrimos que sofremos de forma irracional, por uma paixão que não nos traz nada de nada a não ser a felicidade de ganhar. Que é, neste caso, tudo.
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A esmagadora maioria de nós não ganha um tostão com o futebol, antes gasta e muito. Mas precisamos dos clubes de que somos adeptos, das vitórias das nossas equipas, da alegria da comemoração de cada golo, para sermos felizes e educarmos os nossos filhos nessa felicidade. Tanto quanto da identidade que nos traz o apoio nas derrotas, nas injustiças, nos "roubos de igreja".
Há os que dizem "eu não preciso do Benfica para nada" (quando são eles os que precisam mesmo do Benfica para tudo). Eu preciso do Benfica! Para ser feliz, para que os meus filhos sejam felizes, para que os possa educar na felicidade de ver o Benfica ganhar.
Eu, confesso, preciso do Benfica para tudo! E o tudo não é esconder-me atrás do Benfica. O meu tudo é ser e ver os meus filhos, os meus amigos, os que são mesmo do Benfica - sem nenhum interesse que não seja o de ver o Benfica ganhar - serem felizes.
Por ti, Benfica!
A subir
O fim próximo desta pandemia. Muitos se questionam como é que os portugueses aguentaram, de forma ordeira e pacífica, tantos dias de confinamento e de adiamento do regresso à normalidade! Tenho uma explicação: aguentaram da mesma forma que nós aguentamos aqueles prolongamentos dos jogos do F. C. Porto, com tantos minutos quantos "eles" precisarem para virarem o resultado! Percebemos que vai ter um fim, mas ainda vai demorar uns minutos. Como na pandemia: vai acabar um dia destes, mas - tal como nos jogos do F. C. Porto - ainda vai durar uns tempinhos!
A descer
As guerras de alecrim e manjerona do futebol português. E quando tudo fazia pressupor o contrário, eis que o futebol português se envolve numa guerra que ninguém percebe, mas que todos há muito que iam adivinhando estar a surgir. O que se está a discutir hoje tem a ver com quem sucede a quem, no futebol português, e se seremos capazes - ou não - de nos emanciparmos de uma tutela de interesses estratégicos. Que envolvem muitos milhões!
*Adepto do Benfica