O aquecimento global continua a aumentar face aos gases com efeito de estufa na atmosfera. Aumentam a temperatura das águas do mar, os incêndios extremos, a poluição e as inundações à escala global, pondo em risco os ecossistemas do planeta.
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O mês de junho passado foi o mais quente desde que há registos. Na semana passada, registou-se o dia mais quente de sempre, em termos mundiais. E os recordes diários não querem ter limites. Esta semana prevê-se, em Itália, 48ºC e em Sevilha um calor abrasador, com temperaturas de 52ººC.
Só na Europa, o calor extremo de 2022 causou mais de 60 mil mortos e, em Portugal, matou 2401 pessoas, sendo os idosos os mais vulneráveis, para além das crianças e pessoas com doenças crónicas.
E se em Portugal, desde 2019, os transportes passaram a ser o maior emissor de CO2, ultrapassando a indústria, por que continuam cerca de 90% das autarquias sem planear a mobilidade?
No futuro, muitos terão de deixar de viver nalgumas zonas do planeta. Hoje já se verificam movimentos sociais para outros locais, deixando, como refugiados, as suas casas e bens.
As ondas de calor exigem novas medidas políticas.
Cidades na China disponibilizam, neste momento, abrigos antiaéreos para a população, enquanto outros refugiam-se nas linhas de metro. Assim, teremos de mudar hábitos, a exemplo, os ritmos de trabalho na agricultura e nas florestas, no desenho do espaço público teremos de usar outros materiais mais permeáveis e locais, ampliar a estrutura verde, reduzir os gastos de água, utilizar novas técnicas na construção civil.
Ou seja, teremos, inevitavelmente, que reduzir as emissões.
Pensem nisto!