Todos sabemos que o futebol tem dois cardeais basilares, o treinador e os jogadores, tudo o resto gravita em torno dos fundamentais. Estes são os peões primordiais de uma doutrina carregada de crenças, pagãos e idólatras.
Corpo do artigo
O mosteiro do futebol está aberto a todos os fiéis, o rebanho comunga um interesse comum, treinar, jogar e atingir o estrelato, com isto a evidência da fé move-se pelo dinheiro e pela esmola.
O dogma do treinador é o futebol, que no meio disto tem de saber lidar e gerir os diferentes afetos que os jogadores têm às suas divindades. Sendo o futebol um edifício dos deuses, é necessário consentir a adoração individual de cada um, tendo uma especial atenção à aparição de demónios que devem ser exorcizados.
Durante a semana os jogadores devem confessar os seus pecados e redimir as suas prestações, no dia de jogo cabe ao treinador absolver os seus fiéis do sacrilégio. O adversário é um inimigo astuto que consigo traz tentações e ilusões perigosas.
Contudo, entre as 11 cabeças, as falsas confissões e as tentações da semana trazem homens sem fé e dissimulados para o dia de jogo, bastam dois ou três pecadores no seio dos demais para que ao padre lhe reste a seguinte citação: "Hoje a nossa bênção foi adulterada e corrompida, nenhum dos nossos deuses nos pode salvar!".
*Treinador