Como se esperava, a cerimónia foi curta, a despachar, pouco mais do que dez minutos.
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António Costa quer apostar forte nas eleições europeias - por isso convidou Pedro Marques e Maria Manuel Leitão Marques - mas não quer enfraquecer um Governo que se prepara para ir a votos daqui a pouco mais de sete meses. Apertou o seu círculo de confiança ministerial, onde, de uma forma ou de outra, os novos indigitados estiveram com o primeiro-ministro nas suas batalhas, autárquicas e depois governativas. Para isso, escolheu dois jovens turcos e um experiente nas lides executivas ligadas à gestão de fundos comunitários. Mas, ao mesmo tempo que confia nos seus, alarga também o espectro o mais possível para atingir os verdadeiros eleitores do centrão. Pedro Nuno Santos, que assume as Infraestruturas e a Habitação, e Mariana Vieira da Silva, que dá o salto para a Presidência e Modernização Administrativa, são, à sua maneira, os novos rostos do Partido Socialista, com uma visão mais à Esquerda, temperada por Nelson de Souza, que terá a missão de distribuir dinheiros de Bruxelas pelo país, agradando à Esquerda e à Direita. Pedro Nuno Santos é uma das figuras emergentes do PS a quem é destinada uma pasta muito difícil e sob fogo. Nestes meses que se avizinham, irá compartilhar com o cabeça de lista às eleições europeias, Pedro Marques, as críticas de uma CP a cair aos pedaços, de um aeroporto em Lisboa que não sai do papel ou as portagens e PPP rodoviárias. Mariana, filha do ministro Vieira da Silva, tem sido o braço- -direito de Costa em São Bento. Discreta mas influente, a ministra vai continuar o seu trabalho metódico, de "formiguinha", que o primeiro-ministro tanto aprecia. Já Nelson de Souza é o ministro que mais agrada às empresas e empresários. Um mundo que conhece bem desde que foi secretário de Estado das PME no Governo de Guterres em 2000 e para muitos o "senhor PEDIP".
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