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Leão XIV canonizou os seus primeiros santos este domingo: Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis. Canonizar um santo não significa que ele passe a ser santo, pois já o era: é a Igreja a reconhecer que a sua vida é um exemplo de santidade.
Estes novos santos têm em comum ter morrido muito jovens. Frassati morreu de poliomielite com 23 anos; Acutis, de leucemia, com apenas 15. Apesar das suas curtas vidas, podem ser apresentados a todos os cristãos como exemplos de santidade, particularmente aos mais jovens.
Tanto Frassati como Acutis foram rapazes em tudo semelhantes aos jovens do seu tempo, com os mesmos passatempos e ocupações, alegrias e anseios. O primeiro destacou-se pela atenção às famílias mais pobres. O segundo pela utilização da Internet para divulgar a sua fé, especialmente os milagres eucarísticos que foi conhecendo pelo Mundo fora. Foi com esse objetivo que Acutis passou por Portugal: visitou Santarém, local onde se verificou um milagre eucarístico, e aproveitou para passar por Fátima.
Ao propor estes novos santos ao catolicismo global, a Igreja está a sublinhar que o caminho da santidade não é algo inacessível. Está ao alcance de todos os que na sua vida se descobrem amados por Deus e procuram ser consequentes com essa vivência, aproveitando todas as oportunidades para o testemunhar.
Todos os cristãos são chamados à santidade. Ou melhor: no fundo, esse é o objetivo de vida de todos os homens e mulheres, embora o denominem de outra forma. Todos procuram a realização pessoal e a felicidade. A grande diferença é que um cristão acredita num Deus que nos amou primeiro e que quer que todos sejamos felizes para sempre.
O cristão realiza-se a dar testemunho desse amor no serviço aos outros. Foi o que fizeram Frassati e Acutis, como tantas mulheres e homens santos ao longo da História.