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Dizem que Albert Einstein, questionado sobre como seria a terceira guerra mundial, terá afirmado “não sei como será a terceira guerra mundial, mas poderei dizer como será a quarta: com paus e pedras!”.
Nesta singela frase está resumido o que nos espera se cometermos a loucura de caminhar para uma guerra de proporções mundiais: a destruição do planeta como o conhecemos e a regressão, em milhares de anos, da espécie humana - se sobreviver! Dizia-se, no final do século passado, que a existência de armas nucleares era um seguro de vida para a humanidade, porque, conhecidas as consequências da sua utilização (e Hiroxima e Nagasaki assim o demonstravam), isso tornava mais prudentes os líderes mundiais, que sabiam que qualquer ato irrefletido poderia ter consequências catastróficas irreversíveis.
Mas, agora, parece que esquecemos todos esses ensinamentos. Choca a leviandade com que governantes de vários países banalizam a possibilidade de utilização de armas nucleares, sejam elas “normais” ou “táticas”. Ou como se fazem afirmações procurando fazer-nos crer que a escalada da guerra é inevitável e única forma de “alcançar a vitória”. Como a bravata de Gouveia e Melo, que, não refeito da vergonha de ter marinheiros a recusarem zarpar porque a navio-patrulha estava a desfazer-se, sonha mandar portugueses para morrerem longe da pátria, tornando ineficazes as vacinas que o catapultaram para o almirantado.
Precisa-se de bom senso e que se recorde que, numa guerra nuclear, não há vencedores, mas apenas vencidos. E exige-se dos povos que se consciencializem de que está em causa o futuro da humanidade. Pelo que, mais do que nunca, é fundamental mobilizarem-se em defesa da paz.
PS: Depois da queda da máscara do ex-avaliador Bugalho, as televisões mantêm a aposta nos avaliadores parciais dos debates eleitorais e nos jornalistas que sonham ser candidatos. Basta de lodaçal. Obrigado, João Oliveira, pela brilhante capacidade de argumentação que mostraste nesta campanha eleitoral!