Não conheço em profundidade os contornos do relacionamento agreste entre Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho (apenas o que é público e o que um e outro foram servindo às pinguinhas em benefício da sua razão), mas as imagens agora conhecidas de ambos a disputarem uma menina de colo, debaixo da soleira de uma porta, são violentíssimas. E irresponsáveis.
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A justiça decidirá o que fazer aos adultos, mas jamais a justiça poderá mitigar a sentença já aplicada aos dois filhos do casal. Esta disputa legal transformou-se num "reality show" negro. Com audiência. O mundo dos adultos é sempre complexo aos olhos ingénuos de uma criança. Mas um filho que vê os pais digladiarem-se assim é uma vítima que carrega no peito o dobro da mágoa. E que perde a meninice. Um casal que se agride e usa um inocente como espada e escudo age com o coração na cabeça e a cabeça num lugar indecifrável. Ainda assim, a maioria destas tragédias não passa em "prime time". É, pois, urgente que os filhos-arremesso sejam protegidos. A cegueira dos pais não conta como herança.
*Jornalista