É impossível ser melhor que Eduardo Lourenço e por isso citá-lo faz mais por esta coluna do que eu alguma vez fui e serei capaz de fazer. Disse o maior pensador vivo português, na quinta-feira, que o nosso país "viajou uma viagem por conta própria, um sonho" que garantiu a posição de Portugal na História.
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Tudo resultado de uma "vontade de não abdicar do sonho", uma "vontade um pouco louca", um "atrevimento" que fez o país libertar-se dos seus constrangimentos e ser maior do que as fronteiras da sua coragem.
Já não podemos - e ainda bem - descolar agora o caminho português dos destinos deste continente que juntamos ao Atlântico. Temo que não saberemos nunca ser como os melhores, temo que eles não quererão ter um pouco de nós. O sonho "não terá fim", garante Eduardo Lourenço, mas a realidade, infelizmente, também não.
*Jornalista