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Ou éou não é
Mais do que falar dos três pontos conquistados em Famalicão, hoje vou falar de coerência. Este sábado, tive a sorte de poder adquirir quatro bilhetes para o jogo Famalicão-Sporting, "bilhetes continente", com a indicação de que não sendo sector visitante, (apesar de estar imediatamente ao lado), não poderia usar nada alusivo ao meu clube do coração. Tudo bem, a escolha foi minha de ir, respeito as regras. Na revista cá fora foi confirmado que nada tinha e entrei, tal como entraram todos os outros. Entraram, no entanto, duas camisolas do Sporting que, durante o jogo, os detentores foram obrigados a retirar, à frente da claque do Famalicão. Só aqui está um erro, se tanto apregoam segurança, ela aqui não existiu.
Vamos prosseguir para os 83 minutos. Obviamente, estavam crianças na bancada, crianças essas que não tinham nada que as protegesse da chuva que caia, os pais tentaram sair mais cedo do estádio, não puderam. Porquê? Segurança! "Sector visitante tem de ficar até ao fim", mas afinal de contas eu sou ou não sou sector visitante? Ou é apenas para o que convém? Foi o Famalicão que decidiu ceder aquela zona a "bilhetes continente", não foi o Sporting. E quem diz o Sporting, diz o Benfica e o F. C. Porto. Onde esteve a segurança quando tivemos de sair sem escolta depois do jogo?
Onde esteve a segurança quando puseram os adeptos que foram obrigados a ir despir a camisola. O futebol para famílias é muito bonito de boca, mas que se tenha consciência que são essas famílias que enchem estádios onde quem manda, tem de lá ter estado. Pelo menos uma vez.