A história recente, da Hungria ao Alabama, do Vox ao Salvini, mostra-nos que as conquistas de direitos e de liberdade não podem ser dadas por adquiridas. As respostas têm de se adequar aos tempos e aos desafios de cada momento.
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Com clareza, identificamos como os desafios para a próxima década as alterações climáticas, a sociedade digital, a demografia e as desigualdades.
Sabemos que temos de apostar na melhoria constante e na modernização dos serviços públicos, da escola à saúde, dos tribunais à cultura. Temos de dar respostas concretas e de proximidade às necessidades das pessoas.
A democracia, como a igualdade e a liberdade, está em permanente reinvenção e os partidos têm de saber também reinventar-se, cumprindo o seu estatuto de indispensabilidade a qualquer democracia. Essa democracia tem de ser vivida plenamente também dentro dos partidos, que não podem fechar-se sobre si próprios e devem abrir-se ao dinamismo da sociedade.
E devemos - os que nos assumimos como políticos e com muita honra - perceber que o fator mais corrosivo da confiança das pessoas na política é o não cumprimento dos compromissos. Só o respeito pelos compromissos assumidos e pela palavra dada dignifica a vida política. Só assim prestigiamos a democracia.
Isso significa, como o primeiro-ministro tem salientado, e bem, não dar passos maiores do que as pernas.
Portugal está hoje melhor do que estava há quatro anos e, estou confiante, daqui a quatro anos estará melhor do que está hoje. Um país mais justo, mais inclusivo, mais bem preparado para enfrentar as alterações climáticas, mais desenvolvido. É isso que vai estar em causa nas eleições legislativas de outubro.
* SECRETÁRIA-GERAL-ADJUNTA DO PS