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Quem segue a Comunicação Social fica com a ideia de que o país, Portugal, está profundamente zangado. Com os políticos, que, por sua vez andam zangados uns com os outros, com o presidente da República, que falou de coisas que não devia e fora do tempo, nos clubes de futebol, no Governo que, por falta de experiência, mete as suas “gaffes”, no futuro incerto que nos espera e, parece, poucos têm a serenidade de pensar soluções para ele. Assim, percebem-se algumas preocupações da “rua” que, festejando datas, não esquece o que é preciso fazer e até afina a “música” que entende ser precisa tocar: a contestação ao Poder.
Governo e PS, sobretudo, têm de se entender sobre os caminhos futuros, que não são de Poder e Oposição, envolvem reformas estruturais em áreas importantes da vida coletiva que não se mudam de um dia para o outro nem pela “clubite partidária da rotina de nós e os outros”, como se cada um tivesse o país como sua propriedade. Há quem queira extremos de “terra queimada”, como se fosse possível andar para trás num sentido ou noutro, quando fazemos parte da “família europeia” e, para o bem ou mal, isso tem-nos sido bastante útil.
Ultrapassar este clima exige do Governo trabalho e juízo, “clubite partidária” a menos, perceber que não está sozinho em cena e precisa de falar com os outros antes de mudar os desempenhos da “peça”. Se o não perceber pode “acabar na praia”, mesmo que não seja de Espinho, pois as águas agitadas são mais profundas e extensivas do que pensam, percorrem a frontalidade do país.