O director-geral da PSP acusou os órgãos de comunicação social de "distorcerem" os incidentes diante da AR no dia da greve geral durante os quais, após uma carga policial, duas pessoas, um cidadão alemão e um agente da PSP, ficaram feridos e sete foram detidas.
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A TSF chamou aos incidentes "indicentes", óbvio "lapsus calami" que tanto pode significar "que não se dizem" como tratar-se só da palavra "indecentes" em acordo ortografês.
Com efeito, do que aconteceu há versões contraditórias: a da PSP e do ministro das polícias e a dos manifestantes, esta suportada em filmagens (malditos telemóveis!) divulgadas no YouTube, blogosfera e redes sociais e em numerosos testemunhos, incluindo o de uma deputada. A da PSP (a "dicente") é que a carga policial e os espancamentos que se lhe seguiram tiveram origem no derrube das barreiras policiais de protecção; a de organizações presentes que esse derrube e os incitamentos à violência foram da responsabilidade de agentes provocadores infiltrados pela PSP entre os manifestantes.
Este pequeno bocadinho da comunicação social na última página de um jornal do Porto, não querendo distorcer" o que se passou, gostaria de saber do director-geral da PSP se os homens (e, pelo menos, uma mulher) que os vídeos mostram a incitar à violência e a romper as barreiras - a PSP já há-de ter essas imagens - são ou não polícias. Para memória futura e, se não for pedir muito, presente.