Corpo do artigo
Cai hoje o pano sobre mais uma edição da Liga em Portugal. Com o título de campeão entregue, e bem, ao Sporting, atribuídas as outras quatro vagas na Europa (Benfica, F. C. Porto, Braga e V. Guimarães) e seladas as descidas de Chaves e Vizela, só falta saber quem fica com o último lugar do pódio e quem terá de jogar o play-off com o terceiro da Liga 2, se Portimonense, Estrela da Amadora ou Boavista.
O terceiro lugar será decidido num duelo direto entre o Braga e o F. C. Porto, naquele que será o último jogo para o campeonato de Pinto da Costa como líder da SAD, uma vez que André Villas-Boas já é presidente do F. C. Porto. Os bracarenses têm de ganhar para conseguirem repetir o pódio de 2022/23. Isso faria do quarto lugar o mais baixo de sempre do F. C. Porto na Liga nos 42 anos de liderança de Pinto da Costa, que se despedirá como dirigente dentro de uma semana, na Taça de Portugal.
Se os portistas deixarem fugir o terceiro lugar, terão uma segunda tentativa para assegurarem a entrada direta na Liga Europa, em detrimento do Braga. Para isso, terão de bater o Sporting na final da prova rainha, pois a UEFA atribui a vaga ao vencedor da Taça e só se este estiver apurado para a Champions (caso do Sporting) é que esta passa para o terceiro.
Cai o pano sobre a Liga e o Sporting está de parabéns pelo título, mas gostaria de recomendar um pouco mais juízo ao seu presidente. Prometia ser uma lufada de ar fresco, mas, afinal, tem comportamentos iguais àqueles que tanto critica. Se os beijinhos e acenos no Dragão tinham sido provocações de mau gosto, o “vamos rebentar com eles”, referindo-se à final da Taça com o F. C. Porto, mesmo dito após o jantar, está mais ao nível do adepto arruaceiro que de um dirigente responsável. É sabido que os “soundbites”, sobretudo os de potencial cariz incendiário, costumam ficar no ouvido, mas espero que não venham a contribuir para estragar a festa do futebol, no Jamor.
*Editor-adjunto