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Fazer parte de uma Redação durante 31 anos já é raro. Estava eu no moribundo "O Primeiro de Janeiro", com salários em atraso, quando o convite veio e o JN me acolheu de braços abertos. Passei por muitas secções, mas foi no jornalismo de proximidade que mais tempo fiquei: o noticiário local. Vivi várias mudanças tecnológicas. Tive de incluir na minha formação em imprensa escrita a linguagem digital. A liberdade de expressão continua a ser o baluarte. O meu orgulho nestes 135 anos que o JN carrega está, porém, no facto de ter atualmente a primeira diretora, Inês Cardoso, e uma casa onde o feminino é cada vez mais constante. Muito diferente do que existia há 42 anos, quando comecei na profissão. Na altura, as mulheres eram minoria e raramente chegavam a lugares de chefia. Por isto, dou os parabéns ao JN, mas, também, a quem, com resiliência, contribui para a igualdade.
*Jornalista