José Carlos Mota é autor de um bom pequeno livro sobre: "A participação em Portugal". Tem-lhe servido para promover debates, demonstrando, com casos práticos, como somos capazes de nos envolverno bem comum, sempre que sentimos que anossa participação vale a pena.
No último encontro, falei de como, infelizmente, continuamos a ser afastados das decisões, como no caso dometrobus na Boavista, ou da estação de TGV em Gaia (onde parece que estamos reféns de uma empresa) e, ainda, no modo como nos maltratamna democracia representativa: na Assembleia Municipaldo Porto, por exemplo, é selecionado quem entra, sófala no fim (bem depois da meia noite) e sem que o Presidente da Câmarao ouça. Nalguns casos, quem participa pode até ser maltratado e perseguido, quando todos devem merecem respeito e, pelo menos, espaço para expor os seus argumentos e obter uma resposta. A este propósito, é muito interessante a história dos "Vizinhos em Vias de Extinção", os quais,na Cordoaria (Porto), lutam por sossego nas suas casas, face à "movida". Bem que a CMP podia aprender comAmesterdão, nos Países Baixos, onde não há som com apoio elétrico na rua, para música, ou guias turísticos, tampouco bares abertos "até às tantas".
Há belos exemplos de participação, de envolvimento e cidadania acrescida. Além da leitura do livro da Fundação Francisco Manuel dos Santos, fica já uma sugestão de Ano Novo, para mim e para si. Em 2026, envolvamo-nos mais no que possa ser relevante para muitos.

