Pausa letiva em atividade
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A pausa do Natal bate breve à porta, estando praticamente findo um período letivo marcado pela escassez de professores e greves nas escolas, com expressão máxima por parte dos assistentes operacionais, sem vislumbre da luz ao fundo do túnel.
Pais e encarregados de educação à beira de um ataque de nervos e aprendizagens não realizadas ou em atraso são os principais efeitos do encerramento de escolas que, no limite, ocorreu em oito dias de aulas, concretizados em férias para os alunos. É desejável o entendimento célere entre a tutela e os sindicatos que representam estes trabalhadores, para que a paz e a estabilidade regressem definitivamente à escola pública portuguesa.
No atual estado de coisas, é vital conseguir proteger os mais jovens, principalmente aqueles cujos progenitores não conseguem tê-los consigo ou deixá-los com familiares ou amigos que os possam acolher nos dias em que se deparam com a inexistência de atividades letivas, sendo urgente promover alternativas à ausência temporária da escola.
Neste sentido, o programa educativo “Gai@prende(+)” é um feliz exemplo, assumindo elevada importância por decorrer ao longo do ano (em tempo letivo, antes e após as aulas), incluindo as pausas letivas, como é o caso da que se aproxima (Natal).
Cobrindo o horário das 7.30 às 19.30 horas, são proporcionadas atividades lúdicas às crianças inscritas, acompanhadas de monitores, complementadas com saídas à comunidade, passeios e outras aventuras que fazem as delícias das crianças, por preços simbólicos ao alcance de todas as bolsas.
Os petizes e jovens com necessidades específicas não são esquecidos, tendo o acompanhamento de profissionais especializados (terapeutas) que lhes proporcionam momentos de recreação e lazer, plenos de felicidade. A continuidade de intervenção é garante de uma aposta condizente com o que necessitam no seu dia a dia, numa iniciativa de verdadeira inclusão a tempo inteiro.
A existência de um programa educativo municipal deveria ser obrigatória em todos os concelhos, prevenindo-se situações de “abandono parental” de jovens que em tempo de férias não têm alternativas, ficando entregues a si mesmos.
Investir na educação, olhando para além da escola, revela-se uma opção vencedora para as comunidades educativas, inspiradas a criar as condições adequadas que alavancam um futuro mais radioso para jovens cada vez mais e melhor capacitados.
Replicar os bons exemplos é uma atitude inteligente, demonstrando inegável sentido de humildade e sensatez, merecendo o agrado geral.