Na semana passada, entre os comentários à minha crónica, alguém começou por dar a sua opinião chamando-me gorda.
Corpo do artigo
O assunto era sobre a ruralidade que ainda se encontra em locais periféricos das grandes cidades e nada tinha a ver com corpos ou imagens. Mas a senhora achou mais importante chamar-me gorda. Quis insultar-me quando nunca me viu mais magra (fui ao seu perfil de Facebook e não a conheço) e preocupar-me. Neste aspeto conseguiu.
Encontrei alguém que privilegia a perfeição, que acha que não posso mostrar a minha cara por não ter uma beleza extraordinária, não posso escrever por não exibir corpo de deusa, não posso ser jornalista por não cumprir os seus parâmetros de formosura. Custa-me ter pena de quem vê o embrulho mais valioso do que o conteúdo. Mas ninguém é perfeito. O espelho é sempre sincero.
*Jornalista