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Portugal não tem um plano extra para responder aos relatos de explosões contra a flotilha que transporta ajuda humanitária para Gaza. As palavras são do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, questionado pelos jornalistas à margem da Assembleia-Geral da ONU. Quem lá participa, refere, "conhece os riscos" e está consciente deles. Não é que o argumento esteja errado, revela apenas uma falta de empatia extrema por quem decidiu sair do sofá para tentar ajudar um povo que está a morrer diante dos nossos olhos. Salva-nos o facto de Rangel ter pedido às autoridades italianas que os portugueses a bordo sejam apoiados pelas fragatas que aquele país decidiu mandar. Ufa. Fico muito mais descansada assim. É como mandar os filhos rebeldes para casa dos vizinhos. "Não estou para vos aturar, não querem ir brincar para a porta ao lado?"