No Secundário, havia um jogo que era responder a questionários. Entre as perguntas sobre o primeiro beijo, o primeiro namorado, etc. surgiam outras sobre o futuro, quantos filhos, qual profissão, etc. Não deixa de ser bizarro que a M. se tenha lembrado disso quando o Governo anunciou o inquérito de idoneidade para novas contratações. Um preâmbulo de honradez, feito em dias, que me parece sabotar pouco as estratégias dos mal-intencionados que querem governar para encher os bolsos. Mas esse crivo já não estava na lei? Vão aplicá-lo nos diferentes níveis de poder político? É que a corrupção é uma competência descentralizada neste país. Mais difícil de expurgar que o demónio do corpo. Tudo o que ajude à transparência é de saudar, mas não me atirem areia para os olhos, o questionário não resolve o problema, só lhe deita pomada.
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