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Começo este texto por agradecer à Direção do JN a oportunidade de escrever em tão prestigiado órgão, referência do jornalismo em Portugal, uma das maiores marcas portuguesas e representante de uma região.
Neste artigo que marca o pontapé de saída nesta ligação, é oportuno refletir sobre a importância da promoção de uma cultura de ética, transparência, integridade e boas práticas, essencial para construir uma base de confiança e de credibilidade na atuação das instituições.
Essa prioridade é dos pilares do Plano Estratégico da Direção de Pedro Proença, atualmente em construção, que visa consolidar referenciais de atuação, reforçar a boa governação e orientar a instituição para padrões elevados de exigência e compromisso público.
Nos últimos anos, a busca pela transparência tornou-se crucial para dar resposta às expectativas de adeptos, parceiros e instituições. Em jogo está a credibilidade da indústria e a defesa da verdade desportiva. No futebol, organismos internacionais como a FIFA e a UEFA têm vindo a implementar mecanismos que vão desde a promoção de práticas de boa governação até ao combate do match-fixing, como é o caso do programa HatTrick da UEFA.
Alicerçada no seu Plano Estratégico, a Federação Portuguesa de Futebol tem elevado os padrões de "governance" e de promoção da ética institucional. Destacam-se, desde logo, a implementação da norma 37001 - Sistema de Gestão Anticorrupção - e a criação do Comité de Ética, novo órgão estatutário de apoio à Direção na definição e adoção de boas práticas de governança, cujo presidente será Emanuel Medeiros, Global CEO da Siga, referência mundial nesta matéria. Estas iniciativas são um sinal inequívoco do compromisso assumido.
Na defesa de valores e princípios do desporto, na promoção de um ambiente de competitividade e sem esquecer o escrutínio a que a indústria é sujeita, pela mediatização e capacidade de mobilização, a indústria do futebol possui responsabilidade acrescida na promoção de bons exemplos em relação a outros setores de atividade que podem (e devem) aprender mais com o futebol. Este será sempre um dos desígnios desta Direção da FPF.