<p>Investir na qualificação dos portugueses, no intento de elevar os níveis de ensino e de diminuir as taxas de abandono e de insucesso escolar, permanece - como, aliás, é patente no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007/2013, especialmente no Programa Operacional do Potencial Humano - uma prioridade estrutural para o país. De facto, só uma forte aposta política na Educação será, como se sabe, fundamental para assegurar, a prazo, níveis elevados de empregabilidade aos portugueses.</p>
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Ora, quando hoje se ponderam as exigências da "sociedade da informação", a questão fundamental prende-se, por um lado, em saber qual será o impacto deste novo modelo de sociedade na organização do trabalho, especificamente no movimento tendencial de desajustamento entre a oferta e a procura e, por outro, em saber como devem ser requalificadas as escolas portuguesas.
A este respeito, importa referir um relatório da OCDE sobre o Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário em Portugal, divulgado há cerca de um mês, onde se realça o papel preponderante da gestão criteriosa da empresa pública Parque Escolar, considerando-o "um modelo de gestão para aplicação a nível internacional". Este documento salienta que o Programa de Modernização das Escolas Secundárias implementado no nosso país procura concretizar, entre outros, os objectivos de uma utilização mais alargada das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e de métodos de ensino experimentais, utilizando "os critérios de referência e as melhores práticas a nível internacional".
E, certamente, que estas ambiciosas metas traçadas no Programa de Modernização do Parque Escolar do Ensino Secundário, lançado em 2007, permitirão responder aos actuais desafios do sistema de Educação em Portugal, reconfigurando-o de forma a que se promova um programa curricular pedagógico e científico mais propício ao desenvolvimento da capacidades de aprendizagem e de inovação, do reforço do ensino experimental de ciência e tecnologia (nomeadamente pela recuperação de espaços laboratoriais) e do incremento da utilização de TIC.