Porto Canal, televisão a Norte e Norte na televisão
Corpo do artigo
Sai hoje do Porto Canal a cara e a voz que, há 19 anos, apareceu no seu arranque. Acompanham Pedro Carvalho da Silva alguns comentadores, entre os quais me incluo.
Isto ocorre na sequência da saída de Manuel Tavares e outros, após a eleição de Villas-Boas no FC Porto, com posterior transferência de Estela Machado (e outros) para a CNN. Note-se que na geografia da comunicação, o Porto Canal TV é a única exceção ao centralismo. Remetido para o lugar dos canais desportivos, apesar de ser herdeiro da Norte TV e manter licença de generalista, é espaço de difusão do que se passa a Norte e do que se passa no país e no mundo visto desde o Norte.
Na comunicação social é único, junto com o prestigiado Jornal de Notícias. Os demais são locais ou "nacionais de Lisboa" (ou arredores), que possuem uma pequena "filial" no Porto. Acontece que, depois do JN, é agora altura do Porto Canal viver tempos difíceis, com a persistente contenção de custos a mostrar que o FC Porto de Villas-Boas não tem interesse em ligar o clube à região.
Espero que ele - ou outro - venha a perceber a importância da comunicação para a região e que persista um canal regional, a par do reforço da relevância do Norte noutros canais. Senão, que se calem com a crítica ao centralismo. Porque, apesar de redes sociais e tanto mais, a televisão continua a ser um potentíssimo meio de difusão de informação, cultura e entretenimento, criando emprego e promovendo o território.

