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O Porto sempre foi grande, na História e desempenho nacional. Tem, para as autárquicas, quem faça propostas, algumas mirabolantes. Precisa, contudo, de pensar e exercer alguns desempenhos que o futuro da região (e do país) exigem e não serão fáceis de alcançar. Isto porque é do Norte que se trata, a região mais produtiva e com Lisboa, quer dizer o centralismo, cada vez mais arreigado. "Quando o Porto tosse, Lisboa constipa-se", dizia-se e era verdade, que não pode ser ignorada no futuro, pois há decisões estratégicas a tomar e sem uma voz forte e consensual na Câmara portuense os "comboios de alta velocidade" passarão por aí, mas não passaremos de "apeadeiro" pagante que ninguém ouve. Quando falo do Porto é em sentido lato, Grande Porto e Norte, onde penso que irão ocorrer algumas alterações de liderança autárquica, mas não pode ser perdida "a voz ao cimo da avenida" que é de D. Pedro e Garrett, de Afonso Martins Alho, Cortesão, Manuel Oliveira ou Agustina. Ou seja, é a voz do inconformismo, da resistência e da razão. Isto pode parecer "saudosismo tripeiro", mas é de futuro que se trata, pois este não será fácil, embora andem por aí a vender-nos "postas de pescada" quando até a popular "sardinha" já está pelas ruas da amargura. Tenhamos juízo, pois os tempos próximos não serão fáceis e as responsabilidades só aumentam, incluindo o compromisso e trabalho, de quem as deseja e quer assumir. Viva o Porto, quer dizer, Viva Portugal, que a Invicta sempre representou e assumiu, com sacrifício, orgulho e desempenho.