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No encontro das grandes conectividades europeias, realizado a semana passada em Bruxelas, entre a mobilidade terrestre, ferroviária, aérea e marítima, ficou clara a importância da definição dos corredores de infraestruturas da mobilidade e respetivos nós urbanos para a complementaridade e competitividade das cidades e das regiões, de resto, muito sublinhada pelas participações de ministros dos Transportes e Mobilidade de vários países.
Bruxelas impõe, agora, uma rede transeuropeia musculada e sustentável, que irrigue todo o continente e por isso determina, até 2027, o desenvolvimento e implementação do PMUS-NÓS em determinadas rótulas urbanas que sinalizou. Em Portugal foram sinalizadas 15 “cidades-nós”, para além das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Estas cidades terão de elaborar o seu PMUS-NÓS, nas suas áreas pertinentes funcionais, ou seja, com todos os territórios de atividades económicas que com elas conectam diariamente nas deslocações casa-trabalho.
De resto, convém sublinhar que, em Portugal, a elaboração do PMUS - Plano de Mobilidade Urbana Sustentável já é obrigatória, segundo a Lei de Bases do Clima, desde 2022, porém, poucos são os municípios que o desenvolveram.
Outra questão preocupante foi verificar que o Algarve apresenta insuficiências de conectividade com o centro da Europa, o que remeterá, a curto prazo, para um défice no seu desenvolvimento, contrariando a coesão territorial europeia e nacional.
Em síntese, a Europa está preocupada em sublinhar uma melhor conectividade entre cidades, contudo, a reduzida maturidade no tema evidencia a fragilidade de Portugal, pelo que temos enormes desafios nos próximos tempos.